Quando alimentar peças se torna um obstáculo: o desafio da flexibilidade na automação
Em muitas linhas de produção modernas, especialmente nas indústrias eletrónica, automóvel e de dispositivos médicos, a robótica já não é novidade. Manipuladores, braços robóticos, células automatizadas — tudo isso é comum. Mas há um ponto crítico onde a automação tradicional frequentemente falha ou se complica: a alimentação de peças.
Embora muitas tarefas já sejam robotizadas, a forma como as peças chegam até esses robôs continua a ser, em muitos casos, um ponto fraco logístico e técnico. E é aqui que reside um dos maiores desafios da automação atual.
O problema: alimentar peças de forma flexível, rápida e confiável
Sistemas convencionais de alimentação — como alimentadores vibratórios, mesas circulares, escorregas ou esteiras com guias mecânicos — foram pensados para alta repetibilidade e baixo número de variações. Ou seja: funcionam bem... desde que as peças sejam sempre as mesmas, nas mesmas posições e orientações.
Mas e quando:
Há múltiplas referências de peças num mesmo processo?
As peças chegam desorganizadas ou em lotes mistos?
É preciso trocar frequentemente de formato, lote ou componente?
O tempo de setup se traduz em horas de inatividade?
Nestes cenários, a alimentação torna-se um obstáculo real — tanto em termos operacionais quanto em flexibilidade de produção. E com a crescente exigência por personalização, produção sob demanda e lotes pequenos, este problema só tende a crescer.
Uma nova abordagem: alimentação inteligente com o Infinifeed™
Foi a partir deste desafio real que nasceu o Infinifeed™ — uma solução desenvolvida por Shibaura Machine (ex-Toshiba Machine), Tera Automation e DOMA Automation. Em vez de tentar adaptar os sistemas convencionais aos novos desafios, o Infinifeed™ propõe uma nova lógica de alimentação: |
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Como o Infinifeed™ resolve o problema
🔍 Percebe, em vez de assumir
Com um sistema de visão artificial de alta velocidade, o Infinifeed™ “vê” as peças como estão — desalinhadas, sobrepostas, giradas — e interpreta a sua posição, orientação e forma, em tempo real.
🤖 Reage, em vez de repetir
Com base nessa informação, o robot SCARA THE600 executa movimentos adaptativos, agarrando cada peça com precisão, sem necessidade de guias ou moldes fixos.
⚙️ Adapta-se, em vez de travar
Se o tipo de peça muda, basta atualizar o software. O setup deixa de ser um processo mecânico para se tornar digital e imediato.
Menos tempo de setup. Mais liberdade. Menos desperdício.
Ao eliminar a necessidade de componentes específicos por peça (como pistas vibratórias ou moldes dedicados), o Infinifeed™ reduz drasticamente o tempo e custo de setup, e aumenta a capacidade de resposta da produção.
Além disso, a sua construção modular permite integração direta em linhas existentes, sem necessidade de grandes reformulações.
Uma solução pensada para realidades industriais em mudança
O Infinifeed™ não foi pensado apenas como mais um produto de automação. Ele nasce da observação de uma realidade concreta: as fábricas precisam de alimentar peças de forma mais flexível, mais inteligente e menos dependente da mecânica tradicional.
É uma resposta àquilo que já está a acontecer nas linhas de produção — e não apenas uma promessa futura.
Conclusão
A automação flexível já não é opcional. E, muitas vezes, a diferença entre uma linha eficiente e uma linha travada está em algo tão simples — mas tão crítico — quanto alimentar uma peça corretamente, no momento certo.
O Infinifeed™ não resolve todos os problemas da indústria. Mas resolve um problema muito específico, muito real e cada vez mais comum — e isso já o torna uma solução que vale a pena conhecer.