A Indústria 4.0 é o tema do momento e a sua interligação com questões ergonómicas é notória. Ao passo que a Quarta Revolução Industrial está a crescer desenfreadamente, a população ativa está a diminuir e a ficar cada vez mais velha.
As empresas estão cada vez mais empenhadas em encontrar estratégias para manter os seus funcionários aptos para o trabalho tanto quanto exploram a aplicação de sistemas digitais nos processos produtivos.
Mas quais são as consequências diretas da revolução digital para a ergonomia no posto de trabalho?
Dadas as visões do futuro que a Quarta Revolução Industrial promete, é compreensível que alguns à partida possam temer pelos seus postos de trabalho. No entanto, embora estes medos sejam compreensíveis, também são infundados. Claro que é evidente que a forma como trabalhamos mudará no futuro, mas a Indústria 4.0 não é sobre substituir as pessoas por máquinas inteligentes. Pelo contrário, os trabalhadores terão tarefas mais complexas para serem concluídas.
A interação entre pessoas e máquinas no âmbito da Indústria 4.0 é feita, sobretudo, através do uso de robôs colaborativos. Desta forma, as pessoas, em certa medida, trabalham lado a lado com os seus colegas artificiais. Esta divisão do trabalho tem uma enorme expressão em termos de considerações ergonómicas.
Em primeiro lugar, podem ser entregues às máquinas tarefas que resultariam rapidamente em tensão física para os trabalhadores humanos, devido a posturas incorretas ou ferramentas pesadas, por exemplo. Em segundo lugar, os Sistemas Ciber-Físicos (CPS - Cyber-Physical System), geridos por um software centralizado e com capacidade de comunicarem entre si, podem determinar quais as pessoas mais adequadas para desempenhar determinadas tarefas, tendo em consideração a sua disponibilidade, as suas condições físicas e experiência.
Perante este cenário os fatores de seleção passam também por uma avaliação das condições ergonómicas.
É seguro dizer que as pessoas não estão a ser empurrados para segundo plano. A produção manual ainda é extremamente importante para a Quarta Revolução Industrial e a sua integração nos sistemas digitais também pode significar que o nível de transparência em relação à ergonomia no local de trabalho está a crescer.
Se os dados sobre as pessoas (altura, área de manuseamento ideal, etc.) estiverem disponíveis para todos os trabalhadores, as empresas podem, em última instância, garantir que o seu pessoal seja distribuído da maneira mais eficiente e ergonómica possível. No futuro, não haverá desculpa para não usar mesas de trabalho ajustáveis e ergonómicas. É por isso que a Indústria 4.0 representa mais um passo em frente no desenvolvimento do design ergonómico da bancada de trabalho.
Outra tendência emergente notável nas práticas de trabalho ergonómicas refere-se a "wearables". Embora a maioria das pessoas pense automaticamente em smartwatches, sistemas computacionais wearable também oferecem uma série de benefícios para a indústria ao nível das bancadas de trabalho.
Por exemplo, já existem luvas inteligentes que ajudam ativamente os seus utilizadores, indicando se as etapas de produção individuais foram concluídas adequadamente. Enquanto isso, um scanner integrado garante a identificação rápida de produtos.
Ferramentas como estas ajudam os trabalhadores a completar várias tarefas de uma só vez sem ter que realizar quaisquer movimentos adicionais.
É emocionante pensar o que mais o futuro poderá trazer para a ergonomia no posto de trabalho. Descarregue o guia a seguir e fique a saber ainda mais.