A interação entre pessoas e robots tem adotado contornos cada vez mais colaborativos e, por isso, a segurança inerente a esta proximidade é um do temas com maior expressão da atualidade.
Neste tipo de interação, em que homem e robot partilham simultaneamente uma área de trabalho, embora os robots colaborativos se caracterizem pela sua capacidade de interagirem com humanos sem necessidade de recorrer a barreiras de proteção num amplo espectro de aplicações, tal não significa que seja 100% seguro.
Dada a autonomia crescente destas máquinas inteligentes, é necessário recorrer à melhor tecnologia de segurança, de modo a prevenir acidentes de trabalho, sendo que por vezes os mecanismos de segurança tradicionais nem sempre se aplicam a um ambiente colaborativo.
Apesar de cobots apresentarem características de segurança intrínseca e serem desenvolvidos especificamente para interagir diretamente com o homem, não deixam de ser máquinas e, por conseguinte têm de respeitar a legislação em vigor. Desta forma, os integradores de sistemas robóticos não só devem garantir o cumprimento das normas aplicáveis à criação e desenvolvimento de um cobot por parte do fabricante, mas também, através de mecanismos de verificação (análise de documentos, check-list…), evidenciar a conformidade dos requisitos requeridos pelas normas.
O integrador tem ainda a obrigatoriedade de analisar todo o cenário (lay out, ambiente fabril…) onde o cobot irá ser utilizado e efetuar uma avaliação de riscos de todas as fases de vida útil da máquina, tendo em conta todos os cenários que possam ser um perigo para o ser humano e posteriormente definir os riscos residuais a colocar no manual de instruções.
Embora ainda não exista nenhum documento harmonizado para a área dos cobots, as aplicações colaborativas entre pessoas e robots podem basear-se as seguintes normas:
Além destas, podem ainda considerar-se as normas ISO 13849-1/-2 e EN ISO 12100 que constituem normas gerais reguladoras de análises de risco, segurança de máquinas, sistemas de controlo e outros mecanismos que abrangem os robots colaborativos.
A colaboração homem-robot representa atualmente uma pequena percentagem dentro do universo de aplicações que envolvem a interação entre pessoas e máquinas. Não obstante e, independentemente do nível dessa interação, a análise de riscos revela-se uma parte vital de qualquer processo de robotização, de forma a garantir a segurança das pessoas que interagem com robots, mesmo quando estes são tidos como colaborativos.
A tendência é estes super colaboradores (cobots) integrarem cada vez mais partes e processos das nossas fábricas, razão pela qual devemos estar atentos à evolução das exigências inerentes à segurança das pessoas.
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