A partilha do posto de trabalho com robôs cada vez é mais comum, por isso a segurança inerente a esta proximidade é um do temas com maior expressão da atualidade.
Neste tipo de interação, em que homem e robô partilham simultaneamente uma área de trabalho, embora os robots colaborativos se caracterizem pela sua capacidade de interagirem com humanos sem necessidade de recorrer a barreiras de proteção num amplo espectro de aplicações, tal não significa que seja 100% seguro e não necessite de sistemas de segurança adicionais.
Dada a autonomia crescente destas máquinas inteligentes, é necessário recorrer à melhor tecnologia de segurança, de modo a prevenir acidentes de trabalho.
Análise de Riscos para Cobots
Apesar dos cobots apresentarem características de segurança intrínseca e serem desenvolvidos especificamente para interagir diretamente com o homem, não deixam de ser máquinas e, por conseguinte têm de respeitar a legislação em vigor. Desta forma, os integradores de sistemas robóticos não só devem garantir o cumprimento das normas aplicáveis à criação e desenvolvimento de um robô por parte do fabricante, mas também, através de mecanismos de verificação (análise de documentos, check-list…), evidenciar a conformidade dos requisitos requeridos pelas normas.
O integrador tem ainda a obrigatoriedade de analisar todo o cenário (lay out, ambiente fabril…) onde o cobot irá ser instalado e efetuar uma avaliação de riscos de todas as fases de vida útil da máquina, tendo em conta todos os cenários que possam ser um perigo para o ser humano, definindo todas as seguranças adicionais necessárias e posteriormente identificando os riscos residuais a serem mencionados no manual de instruções.
Resumindo, o integrador fica responsável por garantir todas as condições de segurança da solução final, tendo que armazenar e validar no seu processo técnico de fabrico, toda a documentação de equipamentos ou quase-máquinas que tenham sido utilizadas no seu conjunto final.
Base Normativa para a Segurança em Aplicações Colaborativas
Embora ainda não exista nenhum documento harmonizado para a área dos cobots, foi lançado em 2016 a ISO/TS 15066:2016- Robôs e dispositivos robóticos para robôs colaborativos.
O objetivo desta especificação técnica ISO é dar resposta a pontos sensíveis que não poderiam esperar pela harmonização de uma norma sobre este tema.
Um dos pontos chave desta norma técnica é a tabela da verdade, em que nos ajuda a identificar as operações que necessitam de segurança adicional consoante os diferentes cenários.
Devem ainda considerar-se as normas ISO 13849-1/2 e EN ISO 12100 que constituem normas gerais reguladoras de análises de risco, segurança de máquinas, sistemas de controlo e outros mecanismos que abrangem os robôs colaborativos.
O Futuro da Interação Homem-Robô
A colaboração Homem robô está a ganhar cada vez mais peso no universo das aplicações robóticas. Não obstante e, independentemente do nível dessa interação, a análise de riscos revela-se uma parte vital de qualquer processo de robotização, de forma a garantir a segurança das pessoas que interagem com robôs ou que partilham o mesmo espaço físico, mesmo quando estes são considerados como colaborativos.
A tendência é estes super colaboradores (cobots) integrarem cada vez mais partes e processos das nossas fábricas, razão pela qual devemos estar atentos à evolução das exigências inerentes à segurança das pessoas.
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